A importância dos aniversários


Datas comemorativas são dicotômicas para a maioria das pessoas. Principalmente aniversários. Nele somos de alguma forma, forçados a aceitar a passagem do tempo, de rever alguns conceitos e ter uma visão geral de nossa vida, nossos planos e o que fizemos de nós mesmos. Por isso, muitos não gostam desta data e ainda fazem de tudo para esquecê-la. Uma problemática anual que me fez traçar a importância dessas comemorações nas mais diferentes áreas da sociedade e a sua importância.



Quando criança recebia esta data com animação e em seguia frustração. Acreditava que conseguiria realizar aquele sonho, de viajar, ou e ganhar aquele brinquedo da moda. O resultado, como era de se esperar se encontra na primeira frase desse parágrafo. Não entendia os motivos, até perceber a dificuldade para uma família de classe baixa criar quatro filhos nos anos 80.

E com o amadurecimento, estabeleci a data como sendo avaliação pessoal e profissional, das metas e sonhos que me propus a realizar e os resultados que consegui atingir. É claro que a cada ano os resultados não correspondem exatamente à teoria, mas os saldos tem sido positivos. Pra mim os aniversários servem para isso. Rever metas, avaliar nosso desenvolvimento e buscar novas formar de aprimoramento pessoal e profissional. Faço isso há 20 anos.

Há duas semanas Macaé comemorou 198 anos de emancipação. Acredito que minha simples avaliação se encaixe para o município. Metas, resultados, avaliação. Não é fácil buscar resultados imediatos com toda essa idade, todos os seus já conhecidos problemas e equívocos administrativos passados. Mas é sempre possível estabelecer metas e reavaliações. Fiz do último aniversário da cidade, uma avaliação de cidadão. Senti saudade daquela Macaé que vivi na juventude. Mas, esperançoso pelo que ela ainda pode oferecer de melhor nos próximos anos.

Mas essas metas e prazos não estão inteiramente em minhas mãos. Mas nas de todos os macaenses, aqueles que não se firmam em discursos demagógicos e morbidamente críticos mas em todos que realmente se propõem a busca o melhor para a cidade em que vive. Mecanismos para isso possuímos, direitos para exercê-los também. Prazo para avaliarmos, periodicamente.  Mas ainda sim, volto a questionar, percebo que nosso exercício de cidadania ainda não atingiu sua verdadeira função.

Por isso, em tempos de reavaliação e estabelecimento de novas metas, proponho que também nos reavaliemos enquanto cidadãos. Que seja essa a importância do aniversário para Macaé: Manter e conservar o que possuímos de bom e buscarmos constantemente melhorias na sociedade, para que no próximo ano todos os questionamentos possam se transformar em metas cumpridas.







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