Rio das Ostras: cidade que convive com estupros e omissão do poder público



O calçadão vistoso com pedra de porcelanato na orla de uma das praias de Rio das Ostras, na Região dos Lagos, que custou R$ 12 milhões de recursos dos royalties do petróleo, em 2004, criou um cartão postal para os turistas e inaugurou um símbolo da gastança para os moradores. O calçadão luxuoso não contém a insatisfação de conviver com a falta de serviços básicos.
A ponte de vigas estaiadas, iluminadas por mais de 200 lâmpadas no prolongamento da rodovia Amaral Peixoto, que liga a cidade aos demais municípios da Região dos Lagos, e que custou R$ 15 milhões aos cofres públicos, também está lá fincada e reluzindo como marca desta era de pujança econômica iniciada com o ciclo do petróleo na Bacia de Campos. A cidade está na faixa produtora.
A Rio das Ostras que bilha na mídia regional como sede de um festival de gastronomia, jazz e encontro de motociclistas está distante da Rio das Ostras do cotidiano dos moradores. A cidade ostenta um dos maiores índices de estupros contra mulheres no Estado do Rio de Janeiro. Bairros enfrentam falta de transportes públicos e saneamento. A agenda positiva alimentada com verbas publicitárias sufoca a imagem que emerge do cotidiano local.
Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), órgão ligado a Secretaria de Segurança Pública, até novembro do ano passado, 49 casos de estupros foram registrados na cidade. Fora os casos que não chegam a ser notificados às autoridades devido à falta de órgãos oficiais especializados ao combate a este crime na região.
Leia reportagem na íntegra pelo site Viu!

Comentários